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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Consciência

Cientistas e neurociêntistas alegam ser a memoria de um passado, a expectativa de um futuro, e a compreenção de possuir esta noção, o diferencial entre o cérebro do homem e o das demais espécies. Anteriormente, se acreditava, baseados em teoria de Crick e correntes como darwinismo social e sociobiologia, a ideia de determinação da mente pela genética, ou seja, os aspectos mais importantes da mente estariam codificados no DNA, e por meio destes, as capacidades inatas, as tendências e os comportamentos individuais, incluindo inteligência, preferências sexuais e preconceitos raciais. Contudo, novas teorias sobretudo com Edelman, propõem o funcionamento do sistema como oriundo de seleção. O darwinismo neural sustenta o posicionamento das ciências humanas, pois, a formação de circuitos entre os neurônios, e as ligações entre percepções, sentimentos, pensamentos e comportamento é determinada pela experiência e não pelos traços herdados geneticamente dos pais. Esta visão de consciência é comparável a concepção da natureza humana por Karl Marx; em geral, a necessidade e impulsos de se viver em comunidade e o controle do ambiente, ou seja o fato da criação dos próprios meios de produção, modificada e transformada em cada época histórica pelas circunstancias. Deriva-se desta natureza, o movimento da historia e os antagonismos sociais. E, neste aspecto que Edelman coloca que, se fosse inteiramente determinada pela genética, não haveria como promover mudanças qualitativas na espécie humana. E, é exatamente neste aspecto o atraente de minha atenção, sobretudo focado no cientifico. Edelman, e diversos neurociêntistas idealizam construir uma verdadeira consciência artificial. Entretanto, o projeto enfoca-se em maquinas evolucionarias, mais parecidas com os robôs da ficção cientifica do que com os atualmente existentes nas fábricas.
Ao meu modo, colocaria como forma de consciência artificial o desenrolar da trama cinematográfica o Show de Thruman. A vida do protagonista é completa e inviolavelmente criada e modelada, portanto a consciência artificial, seria toda vivência segundo padrões pré estabelecidos, segundos rotinas, conceitos e realizações já impostas aos seres. Se os estados de consciência são subjetivos e irredutíveis a qualquer definição ou padrão, podemos considerar a anulação do caráter individual - diferente, capaz de obtenção e produção de objetivos, vontades, ações e noção de seu meio - de cada ser como consciência artificial.
Fato instigante, é a vontade da criação da consciência artificial, a imagem e semelhança das ficções. Nas abordagens cinematográficas como A.I, Inteligência artificial e o Homem Bi Centenário, o robô ou consciência artificial passou por um processo evolutivo de criação, apresentando espetacular adaptação tecnologica, representando uma maior facilidade de vivência com o meio. Porém, em ambos os filmes, o personagem principal detém o desejo de se tornar humano e usufruir de sentimentos, referente único ao subjetivo e individual do ser. Haveria pois, um paradoxo? Ou denota a lição promovida pelo Mágico de Oz, o qual, já se é tudo aquilo cuja pretensão é de ser, bastando apenas olhar com diferentes olhos?
A tecnologia continua se desenvolvendo, criando novas facilidades e novas necessidades, e, o homem se perde em padrões e desigualdades. Pois bem, permanece a questão das consciências artificiais, da atuação de cada personagem em sua própria cena e no espetáculo como um todo. E, aos neurociêntistas, aos idealistas, permanece a questão ou ideia de ser ainda possível a melhora do homem?

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